quarta-feira, 18 de março de 2009

A Doutrina

Estando curiosos sobre a doutrina da Sacra Goliae Conphraternitas, seria correto dirigir-se aos mestres.
Depois de fazer o copo de cerveja confessar que vazou sozinho já mais de vinte litros de cerveja, o Imponderável Re-K-Nello levanta os olhos vermelhos, abre a boca e, deixando entrever a língua pastosa pelo ritual, diz:
"Eeeiu pdriaa a discher quió..." (faremos a tradução simultânea da sagrada linguagem filosófica peripatética parada, para melhor compreensão...) "Amigo, Irmão, chegue e sê bem-vindo! No início, em verdade, ponderamos muito sobre a natureza humana, sobre as questões fundamentais da Existência, da Felicidade, da Natureza, da Vida, do Universo e de Tudo Mais."
Você perguntaria sobre o nome da escola, peripatéticos parados.
"Em verdade, Irmão, o nome de nossa escola vem do fato de ministrarmos nossas aulas durante caminhadas – responderia Lord K-Rion. É determinado por nossos rituais que, após o sacrifício de cada dúzia de loiras virgens e estupidamente geladas, devemos prestar homenagem ao Deus do Trabalho (LSSN). Assim, vamos ao Templo WC (Work God – a letra G perdeu um pedaço) e ofertamos todas as loiras geladas que consumimos, devidamente processados pelo nosso organismo. Ainda em respeito ao Deus Trabalho (LSSN), proferimos o sagrado mantra: 'uffff – ahhhhh'. Na volta do Templo, entre sua porta e esta mesa, falamos o que achamos sobre o Trabalho e o Vagabundismo Esclarecido. Então, peripatético vem desta longa caminhada, e parado, porque temos que parar e sacrificar mais loiras geladas!"
"Nossa relação com o Deus Trabalho – diz o Imponderável Re-k-Nelo – é bela e complexamente difícil. Este Deus é muito poderoso e, por isso, não podemos, nem queremos, ocupar muito de seu tempo. Portanto, deixamos a maior parte de nosso trabalho para outros. Tão modestos somos que fazemos questão de que todos os demais pensem que estamos ocupando muito o Deus Trabalho (que somos egoístas), mas em verdade mantemos ele ocupado só com nossas oferendas no templo. Apresentamo-nos diante do Deus Trabalho (LSSN) apenas com o indispensável para que os outros achem que somos muito devotos, apenas com o suficiente para termos acesso ao sagrado recolhimento mensal de verbas (aleluia, salve o santo salário!). Assim, e eventualmente, até nos devotamos ao Deus Trabalho quando é necessário, louvando o que seria nossa parte e até a parte dos outros, mas para que, no futuro, possamos, finalmente, deixar toda atenção do Deus Trabalho para nossos colegas amados!"
Então, Irmão ou Irmã, se lhe agrada a filosofia do Vagabundismo Esclarecido, procure uma cadeira, sente longe do irmão Rinus, o Sungulinus e pegue uma loira gelada para o sacrifício.

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